Recorrendo às imagens videográficas «enquanto linha de diálogo confrontada com palavras visuais e sonoras que estabelecem uma geografia habitada pelo corpo», "Doc.10" condensa, de forma visual, radiofónica e escrita, o trabalho e a visão de Paulo Henrique, sobretudo desde 1996 com a instalação/performance "De Agora em Diante/From now On", em que estabelece pela primeira vez a ligação entre o orgânico e o tecnológico/poético e matemático.
Condensando múltiplos meios para recriar lugares, corpos e dizeres, em que a "leitura visual cénica" fica entregue ao público, em "Doc.10" a pintura é ainda sugerida, num primeiro momento, como um dos primeiros suportes da imagem a que se segue o corpo intersectado por cor e palavras para definir uma possível visão.
«A dança acontece no feminino, a performance em masculino, a imagem é híbrida e os lugares são nossos», sintetiza Paulo Henrique, que, além de autor, assume ainda o papel de "performer".
Autor de trabalhos multidisciplinares desenvolvidos em torno de performances corporais, de som, imagem e novas tecnologias, Paulo Henrique foi distinguido pela Gulbenkian Foundation/Luso-American Foundation/Centro Nacional da Cultura com uma bolsa para residência artística e investigação no "Lee Strsberg Theater Institute" e "Trisha Brown Dance Company and Film&Vídeo Arts" (Nova Iorque).
Com o trabalho "Contract with the Skin", o artista, que tem apresentado a sua obra em vários festivais europeus, americanos e, mais recentemente, norte-africanos, conquistou ainda uma nomeação para as distinções atribuídas pelo "Machida City Museum of Graphic Arts" (Tóquio) na categoria "Excellent Artists".
| Conceito/Espaço Cénico/Luz: Paulo Henrique | Performer: Susana Cerqueira + Paulo Henrique + convidados especiais | Banda Sonora: Paulo Henrique/Rui Leitão | Samples Vídeo : Paulo Henrique/José Budha/Scarafone/Laurent Simões | Co-produção: Arte Total (2006) |
Paulo Henrique apresenta "Doc.10" em Braga“Doc.10” é uma “instalação/performance” que procura “refazer o corpo com os elementos sensoriais que as novas tecnologias oferecem”, explicou Paulo Henrique.
No palco bracarense sobem Jack Shamblin, Susana Cerqueira e Paulo Henrique que também compôs a banda sonora com Rui Leitão.
“’Doc.10’ é um emblema de dez anos de criação nesta área ainda desconhecida, em que a ficção científica e o corpo se exploram mutuamente”, disse Paulo Henrique.
Paulo Henrique tem trabalhado em Paris em áreas ligadas à coreografia, música, vídeo e novas tecnologias.
Desde 1996 o coreógrafo de Leiria tem trabalhado neste novo conceito, quando apresentou “De Agora em Diante/From now On”, no Festival Danças na Cidade, em Lisboa, em que estabeleceu pela primeira vez “a ligação entre o orgânico e o tecnológico/poético e matemático”.
“Os meus projectos têm sempre uma componente visual e sonora muito forte. Esta coreografia, é uma retrospectiva visual, sonora e plástica, concebida enquanto proposta de uma nova forma de entendimento”, disse o bailarino.
Nesta coreografia Paulo Henrique recorreu a imagens videográficas que “estabelecem uma linha de diálogo com a geografia do corpo”.
“Em ‘Doc.10’ a pintura é ainda sugerida, num primeiro momento, como um dos primeiros suportes da imagem a que se segue o corpo intersectado por cor e palavras para definir uma possível visão”, acrescentou.
Paulo Henrique foi bolseiro das fundações Gulbenkian e Luso-Americana para uma residência artística e de investigação no Lee Strsberg Theater Institute e na Trisha Brown Dance Company and Film&Vídeo Arts, em Nova Iorque.
Com o trabalho “Contract with the Skin”, que tem apresentado com êxito em vários festivais europeus, norte-americanos e, mais recentemente, norte-africanos, foi nomeado para os prémios do Machida City Museum of Graphic Arts de Tóquio na categoria “Excellent Artists”.
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